Inscreva-se no Seminário Internacional “Tendências globais na educação: o impacto das estruturas de governança, da privatização e da digitalização”

Contando com alguns das/os maiores especialistas em direito à educação na perspectiva global, evento acontece em 25 e 26 de setembro, no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP)

 

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação organiza o Seminário Internacional “Tendências globais na educação: o impacto das estruturas de governança, da privatização e da digitalização” nos dias 25 e 26 de setembro, no auditório do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP), parceiro institucional do seminário. 

Haverá tradução simultânea em português, inglês e espanhol.

O evento é organizado pela coordenadora-geral da Campanha e doutoranda do IRI/USP, Andressa Pellanda, em consonância com o tema de sua pesquisa, e é realizado em parceria com o Instituto, com a Faculdade de Educação da USP, com o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, e com o Transnational Institute (TNI), que é também apoiador do seminário.

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI E ABAIXO 

INSCREVA-SE AQUI

Alguns das/os maiores especialistas em direito à educação na perspectiva global vão participar dos debates. Conheça os nomes na programação abaixo.

No primeiro dia, o tema a ser discutido será “Governança global hoje: desafios, poder e privatização na complexa esfera internacional e da digitalização”. 

A primeira mesa terá contribuições acadêmicas sobre os ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) na governança global; governança multissetorial da educação e em áreas diversas; e a reforma global da educação.

A segunda mesa trará contribuições de ativistas com a perspectiva global dos trabalhadores da educação; dos próximos passos para a Cúpula da Educação Transformadora; da digitalização da educação na governança global, e das ameaças aos serviços públicos.

No segundo dia, duas mesas vão discutir estratégias da sociedade civil nos níveis regional e nacional para a garantia do direito à educação, especificando os casos de África, Ásia, América Latina e países de língua oficial portuguesa, contando também com análises detalhadas de Brasil, Chile e Moçambique.

Haverá transmissão pelo canal da Campanha no YouTube. Para formalizar sua participação presencial ou virtual, acesse este formulário de inscrição.

SEE THE PROGRAM IN ENGLISH

CONSULTE EL PROGRAMA EN ESPAÑOL

SEMINÁRIO INTERNACIONAL “TENDÊNCIAS GLOBAIS NA EDUCAÇÃO: O IMPACTO DAS ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA, DA PRIVATIZAÇÃO E DA DIGITALIZAÇÃO”
Data/horário: 25/09 e 26/09, a partir das 10h
Local: auditório do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP)
Transmissão: canal da Campanha no YouTube

 

 

PROGRAMAÇÃO (também em texto, para acessibilidade)

Dia 1 – Governança global hoje: desafios, poder e privatização na complexa esfera internacional e da digitalização

10h | Fala de abertura: 

Pedro Dallari – Instituto anfitrião

Diretor do IRI-USP e professor desde 2002 na universidade. Coordenador do Centro Ibero-americano (CIBA-USP) e membro da Comissão de Direitos Humanos. De 2004 a 2008, foi juiz e presidente do Tribunal Administrativo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De 2013 a 2014, foi membro e coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Atualmente, é membro do Conselho Diretor do Centro de Estudos de Justiça das Américas (CEJA), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA). 

Introdução e mediação: 

Cristiane Carneiro 
É professora associada do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo. Possui doutorado em Ciência Política, pela New York University (2006). Ministrou disciplinas no Programa em Relações Internacionais da Universidade da Pensilvânia, onde fez Pós-Doutorado (2007-2008), e no Departamento de Ciência Política da New York University. 

Andressa Pellanda
Coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. É doutoranda em Relações Internacionais (IRI/USP), é pós-graduada em Ciência Política (FESP/SP). Integra a Rede Malala. Representando a Campanha Nacional pelo Direito à Educação (Brasil), integra a coordenação da Consulta Coletiva de ONGs da Unesco Global, o Comitê Gestor da Rede Lusófona pelo Direito à Educação; a membresia da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação; a membresia da Campanha Global pela Educação; a membresia do Consórcio Global sobre Privatização da Educação e Direitos Humanos, do Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa, do GT Agenda 2030 no Brasil e do Coletivo RPU Brasil.

10h30 | Mesa Redonda 1 | Contribuições de acadêmicas/os

1. Camilla Croso | Governança multissetorial e global da educação
Camilla Croso é diretora da divisão de Iniciativas da Open Society Foundations, tendo sido anteriormente diretora do seu Programa de Educação. Foi presidente da Campanha Global pela Educação, fez parte do conselho de administração da Parceria Global para a Educação e integrou os Comitês Globais e Regionais do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 e da Educação 2030. Croso foi coordenadora geral da Campanha Brasileira pelo Direito à Educação e da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE). Com sede no Brasil, Croso liderou a CLADE trabalhando para a implementação efetiva do direito à educação em 18 países da América Latina.

2. Frank Adamson | Reforma Global da Educação
Professor Assistente de Liderança Educacional e Estudos Políticos na Universidade Estadual da Califórnia, Sacramento (EUA). Analista sênior de políticas e investigação do SCOPE Center, da Universidade de Stanford (janeiro de 2015 - agosto de 2018). Estuda a forma como diferentes abordagens políticas e econômicas à educação se relacionam com as experiências e oportunidades dos alunos nas escolas e comunidades. Suas pesquisas examinam os níveis de saturação da privatização da educação a nível internacional e nos EUA e as implicações para a equidade na educação. Colaborou com a produção do livro “Realizing the Abidjan Principles on the Right to Education: Human Rights, Public Education, and the Role of Private Actors in Education” em 2021.

3. Gonzalo Berron | Governança multissetorial: debates em áreas diversas
Diretor de projetos na Fundação Friedrich Ebert - Brasil. É associate fellow do Transnational Institute (TNI) e membro do Corporate Power Team do TNI. Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, atua desde o ano 2000 em mobilizações internacionais como parte de movimentos sociais, organizações sindicais, outras redes e campanhas da sociedade civil na América Latina. É argentino e está radicado no Brasil há muitos anos.

12h | Almoço

14h | Mesa redonda 2 | Contribuições de ativistas

1. David Archer | Cúpula da Educação Transformadora: próximos passos
David Archer é o Chefe de Programas e Influência do Secretariado Global da ActionAid, liderando o trabalho de transformação de sistemas para a justiça climática, justiça econômica, serviços públicos e direitos das mulheres. Ele foi o convocador de stakeholders (atores-chaves) para a trilha de ação da Cúpula de Educação Transformadora sobre financiamento em setembro de 2022. David é professor e pesquisou programas de aprendizagem de adultos inspirados por Paulo Freire em toda a América Latina (Literacy and Power), desenvolvendo a abordagem Reflect na década de 1990. Ele é cofundador da Campanha Global pela Educação e presidente da Right To Education Initiative. De 2018 a 2020, atuou como presidente do Comitê de Estratégia e Impacto da Parceria Global para a Educação. Suas publicações recentes incluem “The Public Versus Austerity: Why public sector wage bill constraints must end” e “The Vicious Cycle: connections between the debt crisis and the climate crisis”.

2. Marcelo Di Stefano - Ameaças aos serviços públicos
Professor adjunto de Direito do Trabalho e Previdência Social na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires e professor associado de Princípios de Direitos Humanos e Direito Constitucional do Ciclo Básico Comum da Universidade de Buenos Aires. Representa a Public Services Internacional (PSI), sendo co-presidente da PSI Educação. Integra a associação e a rede de funcionários da Universidade de Buenos Aires.

3. Maria Ron Balsera | Ameaças aos serviços públicos
Dra. Maria Ron Balsera é diretora de programa do Centro de Economia e Direitos Sociais (CESR). Ela trabalha com os temas privatização e direito à educação, influenciando a política de financiamento da educação. Tem mais de quinze anos de experiência em pesquisa e advocacy em educação, direitos humanos, privatização, justiça econômica e interseccionalidade.

4. Priscila Gonsales | Digitalização da educação na governança global
Pesquisadora da Cátedra UNESCO em Educação a Distância na Universidade de Brasília. É diretora-fundadora do Instituto Educadigital, professora da pós-graduação Formação Integral de Educadores no Instituto Singularidades, doutoranda em Linguagens e Tecnologias no Instituto de Estudos da Linguagem na Unicamp. Mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP e em Educação, Família e Tecnologia pela Universidad Pontifícia de Salamanca (Espanha), pós-graduada em Gestão de Processos Comunicacionais pela ECA-USP, com ênfase na inter-relação comunicação e educação (Educomunicação). 

5. Roberto Leão | Perspectiva global dos trabalhadores da educação
Secretário de Relações Internacionais da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Professor da Rede oficial de Ensino do Estado de São Paulo. Vice-presidente pela América Latina da Internacional de Educação (IE). Ex-presidente da CNTE.

16h | Fim do Dia 1

Dia 2 – Estratégias da sociedade civil nos níveis regional e nacional

10h | Fala de abertura: 

Carlota Boto - Faculdade anfitriã
Carlota Boto é professora titular e atualmente é diretora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), onde leciona Filosofia da Educação. É Bolsista Produtividade do CNPq. Integra o conjunto de pesquisadores principais do Projeto Temático da FAPESP intitulado Saberes e práticas em fronteiras: por uma história transnacional da educação. Formou-se na USP, em Pedagogia e em História. É mestre em História e Filosofia da Educação pela FEUSP, doutora em História Social pela FFLCH/USP e livre-docente em Filosofia da Educação pela FEUSP. É autora, entre outros, dos livros "A escola do homem novo: entre o Iluminismo e a Revolução Francesa" e “Educação e Ética na Modernidade: uma introdução”. Coordena na FEUSP o Grupo de Estudos de Filosofia e História das Ideias Pedagógicas (GEFHIPE). Participa também do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Democracia, Política e Memória do Instituto de Estudos Avançados da USP. 

Introdução e mediação: 

Andressa Pellanda
Coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. É doutoranda em Relações Internacionais (IRI/USP), é pós-graduada em Ciência Política (FESP/SP). Integra a Rede Malala. Representando a Campanha Nacional pelo Direito à Educação (Brasil), integra a coordenação da Consulta Coletiva de ONGs da Unesco Global, o Comitê Gestor da Rede Lusófona pelo Direito à Educação; a membresia da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação; a membresia da Campanha Global pela Educação; a membresia do Consórcio Global sobre Privatização da Educação e Direitos Humanos, do Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa, do GT Agenda 2030 no Brasil e do Coletivo RPU Brasil.

Luis Eduardo Murcia
É doutor em Estudos de Desenvolvimento pelo Instituto de Desenvolvimento Global da Universidade de Manchester, onde atualmente leciona sobre Migração e Desenvolvimento. Entre 2018 e 2021, Luis Eduardo trabalhou como pesquisador de pós-doutorado no Projeto HOMInG, Universidade de Trento e, desde então, tem colaborado com o projeto como pesquisador adjunto. Seus interesses de pesquisa incluem o lar e a vida doméstica, o deslocamento, a migração e as mobilidades, o envelhecimento e as histórias de vida.

10h30 | Mesa redonda 1 | Nível Regional

1. Nelsy Lizarazo | América Latina
Coordenadora geral da CLADE (Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação). Colombiana e equatoriana, é formada em Filosofia e Letras, com pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais e doutorado em Pensamento Complexo. Trabalhou nas áreas de educação popular, formal e não formal, bem como no campo da comunicação popular, especialmente em rádios comunitárias. Foi consultora nas áreas de gênero, direitos humanos, direitos da criança e do adolescente. É mediadora pedagógica, educomunicadora, gerente de processos e projetos nas áreas acima mencionadas. Membro ativa e voluntária da Pressenza, Agência Internacional de Notícias para a Paz e a Não-Violência. Comprometida com a não-violência ativa.

2. Rene Raya | Ásia

Analista filipino, líder de políticas da ASPBAE (Asian South Pacific Association for Basic and Adult Education). É membro da gestão coletiva da Ação por Reformas Econômicas (AER). Raya é um experiente ativista da educação que trabalha há décadas na região e em fóruns internacionais, como os relacionados à Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em colaboração com a Campanha Global pela Educação, já contribuiu com publicações em defesa do bem público e do direito à educação sobre a atuação do setor privado.

3. Rui da Silva | Países de língua oficial portuguesa

Rui da Silva é investigador, presidente da direção e coordenador do grupo de investigação Educação, Desenvolvimento e Cidadania Global do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto. Trabalhou como investigador, consultor e especialista em educação em projectos em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e Sudão do Sul. É também membro fundador da Rede Lusófona pelo Direito à Educação (ReLus). É co-apresentador e produtor do podcast Eduquê, que apresenta novos trabalhos de investigação em língua portuguesa sobre educação, em sentido lato. Os seus interesses de investigação incluem as relações entre o público e o privado na educação no Sul Global, a avaliação dos efeitos e impactos da ajuda humanitária e dos projetos de assistência ao desenvolvimento, e a política global de educação e o direito à educação.

4. Solange Akpo | Rede Africana Campanha pela Educação para Todos (Togo) 

Gerente de Capacitação e Coordenadora Regional em exercício da ANCEFA (Rede Africana Campanha pela Educação para Todos) - Togo, uma rede regional pan-africana de educação da sociedade civil ativa em 38 países africanos. Solange é advogada e ativista de direitos humanos. Ela tem mais de 15 anos de experiência em análise de políticas educacionais e gerenciamento de programas de desenvolvimento, campanhas e defesa de direitos, com foco em gênero e inclusão. Solange atuou em várias funções em nível nacional e regional, trabalhando com a LTDF, uma associação de direitos das mulheres, e com a Aide et Action, uma ONG francesa especializada em educação, antes de ingressar na ANCEFA. Solange tem mestrado em artes com especialização em alemão, diploma de pós-graduação (DEA) em direito público internacional (Universidade de Nancy II/França) e mestrado em finanças pelo CERAM (Sophia Antipolis Business School, Nice/França). Ela possui um Certificado em Projetos e Programas do Setor de Educação do Instituto Internacional de Planejamento Educacional (IIEP) da UNESCO em Paris.

12h30 | Almoço

14h30 | Mesa redonda 2 | Nível Nacional

1. Daniel Cara | Brasil
Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Foi coordenador geral da Campanha de 2006 a 2020. Foi laureado com o Prêmio Darcy Ribeiro em 2015, entregue pela Câmara dos Deputados do Brasil em nome do Congresso Nacional. Atuou no aperfeiçoamento dos textos e na aprovação de políticas educacionais como o Plano Nacional de Educação (2014-2024) e a constitucionalização do novo e permanente Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) com o Custo Aluno-Qualidade (CAQ) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb). 

2. Diego Parra | Chile
Pesquisador do Centro ALERTA e do Observatório Chileno de Políticas Educativas (OPECH) da Universidade do Chile. É doutor em psicologia pela mesma universidade e compõe seu programa de psicologia e educação, em que pesquisa a história da psicologia ligada ao desenvolvimento do sistema educacional chileno. Integra também o Fórum pelo Direito à Educação Pública do país. Já contribuiu para o debate educacional latino-americano com artigos acadêmicos sobre o poder corporativo no debate educacional e constitucional do Chile, e a mercantilização da educação de seu país.

3. Isabel da Silva | Moçambique
Secretária-executiva do MEPT (Movimento de Educação para Todos) em Moçambique. É membro da Rede Lusófona pelo Direito à Educação (Relus). No MEPT, coordena ações de advocacy da entidade para garantir um financiamento adequado à educação pública, melhorando a qualidade dos programas governamentais na educação básica e expandindo acesso e permanência dos estudantes nas escolas em todas as províncias e distritos do país. É membro das instâncias de participação nacionais e internacionais: Fórum de Monitoria do Orçamento, Rede da Sociedade Civil para os Direitos da Criança (ROSC), Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros (CECAP), Coligação Transparência Justiça Fiscal Internacional e Campanha Global pela Educação.

16h | Fechamento Dia 2