Projeto SETA é referenciado como boa prática no combate ao racismo em evento de lançamento do ODS 18 da igualdade étnico-racial na ONU
Em 16 de julho, aconteceu na sede das Nações Unidas, em Nova York, o evento “ODS 18 - Igualdade Étnico-Racial na Agenda 2030: a experiência brasileira para a construção de um novo objetivo de desenvolvimento sustentável”. O evento faz parte da iniciativa do governo brasileiro de incluir o combate ao racismo na agenda do desenvolvimento sustentável, conforme compromisso assumido pelo presidente Lula na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2023, com a criação do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) n° 18 da igualdade etnico-racial.
No evento, o Projeto SETA - Sistema de Educação para uma Transformação Antirracista, integrado pela Campanha, foi apresentado como boa prática no campo da educação para o combate ao racismo no Brasil. Na ocasião, Katarina Popović, representante do Grupo de Stakeholders da Educação e Academia (EASG), afirmou que “o projeto SETA é interseccional e promove as vozes, agenda e liderança de pessoas negras, indígenas e quilombolas e é um exemplo de boa prática da sociedade civil”.
Além da Campanha, o SETA é composto por ActionAid, Ação Educativa, CONAQ, Geledés, Makira-E’ta e UNEafro Brasil. O projeto é a única iniciativa do Brasil selecionada para participar do Desafio de Equidade Racial 2030 e receber financiamento da Fundação W.K. Kellogg para desenvolver pelo período de oito anos o primeiro sistema de educação pública antirracista no país. O Geledés - Instituto da Mulher Negra, que também está presente em Nova York para o HLPF e tem trazido a importância não somente da iniciativa do ODS 18 como também de transversalizar a igualdade etnico-racial em todos os ODS.
Promovido pelo governo brasileiro, o evento sobre o ODS 18 teve co-patrocínio do Grupo de Stakeholders da Educação e Academia (EASG), grupo da sociedade civil que representa a comunidade educacional internacional na ONU em sua sede em Nova York. Andressa Pellanda, coordenadora geral da Campanha e integrante do grupo, articulou a participação do EASG como co-patrocinador do evento, de forma a garantir que a comunidade educacional global apoie e esteja engajada na luta pela igualdade étnico-racial e pela educação antirracista.
“Essa é uma agenda de relevância central para a Campanha, não somente em âmbito doméstico em que temos trabalhado em coletivo por meio do projeto SETA e nas incidências nas diversas políticas públicas, como também na esfera internacional dado que são necessários esforços em nível global de mudança de cultura para o enfrentamento estrutural do racismo, que é também fruto de uma história internacional de colonização e opressão entre povos”, disse Andressa