Carta à Sociedade Brasileira: A Câmara dos Deputados deve ter responsabilidade com os recursos da educação e precisa manter o texto do PLP 18/2022 aprovado no Senado

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação parabeniza o Senado Federal pela decisão em proteger os recursos da educação no PLP 18/2022 que propõe alterações às normas vigentes que regem a cobrança do ICMS

 

CARTA À SOCIEDADE BRASILEIRA

 

Brasil, 14 de junho de 2022

 

Aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o PLP 18/2022 fixa o imposto por Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a ser aplicado pelos Estados sobre as operações comerciais. O ICMS é um dos tributos mais importantes, no âmbito da arrecadação, para Estados e municípios. A proposta de limitação de sua alíquota em 17% significa, na prática, a perda de aproximadamente 83,5 bilhões anuais, segundo estimativa do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (COMSEFAZ).

Ao propor que, no âmbito da compensação financeira da União pela redução do ICMS, haja uma vinculação de retorno de recursos à Educação para recomposição do orçamento, na exata proporção das perdas advindas na limitação da alíquota, o destaque aprovado no Senado Federal atenuará os efeitos perversos do PL 18/2022 à educação pública brasileira.

Agradecemos a articulação e defesa do Senador Flávio Arns a esta emenda, juntamente com os senadores Eduardo Braga e Marcelo Castro. Esperamos que a Câmara dos Deputados tenha responsabilidade, faça jus às recentes conquistas do Fundeb, e aprove o texto conforme aquele aprovado ontem pelo Senado Federal.

 

Assino

Andressa Pellanda
Coordenadora Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação 

 

Anexamos Nota Técnica da Fineduca sobre os riscos da proposta para a educação, caso voltemos ao texto inicial.