COVID-19: Como deve ficar a alimentação escolar?
As informações seguintes foram retiradas dos GUIAS COVID-19 DE EDUCAÇÃO E PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES produzidos pela Campanha e pela plataforma Cada Criança.
Acesse-os aqui.
Sabemos que um dos grandes problemas que enfrentamos a partir do fechamento das escolas é o fato de inúmeras crianças dependerem da merenda escolar como fonte básica de sua alimentação.
Autoridades da educação pretendem criar uma flexibilização em relação à distribuição de alimentos, que atualmente não é prevista na legislação. O objetivo é permitir que entes municipais e estaduais possam distribuir os alimentos acomodados em depósitos e disponibilizá-los em formato de kits às famílias dos estudantes, levando em consideração o vínculo da matrícula daquele aluno.
Buscando atender a esta preocupação, em conjunto com os secretários estaduais (Consed) e municipais de educação (Undime) e Ministério da Economia, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) está trabalhando em um documento técnico para criar uma flexibilização em relação à distribuição de alimentos, que atualmente não é prevista na legislação.
O objetivo é permitir que entes municipais e estaduais possam distribuir os alimentos acomodados em depósitos e disponibilizá-los em formato de kits às famílias dos estudantes, levando em consideração o vínculo da matrícula daquele aluno.
O QUE DUAS REFERÊNCIAS NO TEMA DIZEM SOBRE O DIREITO À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR?
O Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana, um compromisso para o desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis e a promoção de dietas saudáveis, recomendada entre as ações para alimentação escolar:
“Adaptar os referenciais e regras de modo a tornar acessíveis as dietas sustentáveis e o consumo de água potável nos serviços do setor público”, o que inclui escolas e hospitais, assim como “reorientar os programas alimentares escolares e outros serviços institucionais relacionados com a alimentação de modo a fornecer alimentação saudável, de origem local e regional, sazonal e produzida de modo sustentável”.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), popularmente conhecido como merenda escolar e gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), é um dos maiores programas de alimentação escolar do mundo, inclusive prevendo alimentação diferenciada a estudantes com restrições alimentares (diabetes, doença celíaca, entre outras).
Por meio do PNAE já foram repassados R$ 900 milhões, este ano, a estados e municípios.
O PNAE tem o objetivo de transferir recursos financeiros aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, de acordo com o número de estudantes matriculados em suas respectivas redes, para suprir, parcialmente, suas necessidades nutricionais.
O PNAE é coordenado por nutricionistas e é fiscalizado pela sociedade civil por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), do FNDE, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público.
O PNAE também disponibiliza um Manual de Orientação sobre Alimentação Escolar para Pessoas com Diabetes, Hipertensão, Doença Celíaca, Fenilcetonúria, e Intolerância à Lactose.
O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA EXIGIR O DIREITO À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR?
1 - Entre em contato com o PNAE e busque mais informações
Central de Atendimento ao Cidadão (ligação gratuita) 0800-616161, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. Se não estiver funcionando, busque informações pelo site
fnde.gov.br/programas/pnae.
2. Informe-se sobre o Conselho de Alimentação Escolar de seu município e entre em contato com ele
Onde funciona? Possui reuniões periódicas? Quando? Acompanhe!
Por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar, é possível pressionar os governantes do seu município.
E-mail central do CAE: cae@fnde.gov.br - dúvidas, sugestões, informações referentes ao controle social do PNAE.
3. Entre em contato com a direção da escola, a Diretoria Regional de Ensino da sua localidade, ou com a Secretaria Municipal ou Estadual de Educação
É muito importante que neste momento pais, professores, alunos, zeladores, porteiros e outras pessoas que participam da escola pressionem os órgãos responsáveis para que este direito seja plenamente garantido e que as crianças tenham acesso a alimentação.
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(Fonte: infográfico)
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A Campanha Nacional pelo Direito à Educação trabalha há 20 anos para transformar a educação pública brasileira e garantir escolas de qualidade para milhões de estudantes. Colabore com a Campanha.